quinta-feira, 18 de abril de 2024

Ainda sobre o passar do tempo


 Há uma regra que tem de ser cumprida- conviver, conviver, conviver.

Ouvir os outros, ter uma boa rede social, ajudar quando é necessário, ter a consciência de que fazemos parte de uma comunidade e que não estamos sozinhos.

Ter actividades em grupo, rir junto, marcar almoços, jantares, lanches,  caminhadas ou apenas sentarmo-nos num banco de jardim
e trocar pontos de vista e opiniões diferentes. Faz tão bem à alma!

Paralelamente,  ajuda a a relativizar os nossos "enormes" problemas porque sentimos que são transversais.

Os que vivem sozinhos encerrados nas suas conchas, tornam-se egoístas, maníacos, reféns dos seus próprios pensamentos que não relativizam com ninguém. Andamos cá tão pouco tempo que temos obrigação de o tornar o mais leve e alegre possível. Mesmo com dificuldades, será sempre mais fácil fazer a "caminhada" em grupo.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Sobre a auto-estima

 


Quando se chega à minha idade, podem ter acontecido duas coisas: ou nos deixámos ir na onda do envelhecimento, não o contrariando, não fazendo nada para nos mantermos atentos, aprendizes da vida e do mundo ou, pelo contrário, batalhámos o suficiente para sabermos o nosso valor,  mesmo reconhecendo os pontos fracos mas pondo sempre o foco nos pontos fortes. 

É claro que tudo se torna mais difícil e mais demorado. Sair de casa demora mais tempo, organizar uma saída implica uma maior motivação, o número de cuidados aumenta mas tudo se faz em função da saúde mental e física que se quer preservar. 

Há pessoas que se deixam ir na onda da desgraça e, para essas, a vida não traz segunda chance. Chega um dia em que já não há volta atrás. É uma questão de amor próprio de perseverança e de saber que vale a pena andarmos cá, com saúde e alegria. 

Sou muito grata à vida. Talvez porque nunca parei  muito tempo a desejar muita coisa. Fui andando e fazendo à medida que era necessário. Uns dias mais folgada outros dias com uma carga mais pesada do que eu mas sempre sabendo que valia a pena o esforço. 

Já muito pouca coisa me atinge, desde críticas até  comportamentos que considero pouco recomendáveis. 

Sei do que sou capaz. Sei dos que me amam e me apoiam e sei  o que valho.

Bendita idade que tanto ensinas!

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Voltámos à noite

 


Soube muito bem. Aquela casa tem o condão de me fazer bem à alma. Ao final da tarde ainda tivemos a visita de grandes amigos com quem se está em casa. 

Depois, foi arrumar o pouco que levámos e, noite dentro, voltar à casa do trabalho. 

Estiveram dias lindos com um azul de céu que só naquele sítio existe.

No próximo fim de semana voltamos. 

sábado, 13 de abril de 2024

Vamos à praia

 

Com este tempo  apetece mesmo estar perto do mar. Ouvir o barulho das ondas  e passear na areia. São só dois dias mas vão valer por sete. 

Quase tudo preparado. Pouca roupa e muitos projectos. Casa limpa à nossa espera. Valorizar aquilo que temos e que conseguimos com algum sacrifício e muita imaginação.


quinta-feira, 11 de abril de 2024

Antes da Maria de Lurdes

Reserva Natural do Estuário do Tejo

Sem sombra de dúvidas, a pior ministra da educação foi a D. Maria de Lurdes Rodrigues!  Tive a oportunidade de a ouvir falar presencialmente e era tal o ódio aos professores que até o olhar da senhora se toldava. Acredito que tenha andado numa escola muito má e tenha sido muito mal tratada talvez até pelo seu mau feitio e modo de estar arrogante e de mal com a vida. Se a vejo em qualquer canal, mudo imediatamente.

O que é certo é que depois dela nunca mais nada foi igual. Não falo de dinheiro, de escalões, ou outro qualquer aspecto mais prático. Falo sobre a desvirtualização que, uma senhora e os seus acólitos, conseguiram fazer a uma classe até aí considerada por todos. Nunca me revi no modo como a senhora falava do nosso trabalho e como sempre dava a entender que os directores teriam que tratar os professores de rédea curta e pingalim na garupa. Eu ouvi de viva voz, não me contaram! E também ouvi os aplausos de alguns directores aos dislates da senhora. 

O que me choca ainda mais é o reconhecimento que a senhora teve após o ministério e os cargos que ocupou e ainda ocupa sempre ligados à educação de que pouco sabe. Até fico irritada quando falo nisto. 

A partir desta senhora, tudo mudou. Para pior, claro!

Todos os anos, antes deste descalabro, organizavam-se  encontros de Educação Ambiental sempre em capitais de distrito diferentes. Os professores pagavam uma parte, como a estadia e a  inscrição e  as câmaras municipais organizavam o programa, sempre muito rico e preenchido,  transversal a todas as áreas do saber.  Tínhamos experiências fantásticas que depois se reproduziam em sala de aula e davam ao professor uma grande bagagem em diferentes temas. Conheci, deste modo, aspectos do país que nunca conheceria,  empresas de renome que nos abriam as portas para visitas guiadas, áreas protegidas que, em visitas guiadas, nos mostravam a biodiversidade deste país tão rico. Em sala de aula todos estes conhecimentos eram aproveitados e trabalhados e os alunos ainda hoje falam dessas aulas com alguma saudade.

Era uma semana riquíssima em aquisição de saberes. Tudo acabou!

O investimento em educação de qualidade deixou de existir e a força moral e ministerial que os professores necessitam também. 

Muita pena. 

Ainda me alegro com alguns alunos que vou encontrando na escola com sorriso doce, boa educação e boa conversa.  Há, no entanto,
muitas situações que nunca deveriam existir ou ser permitidas. Obrigada D. Maria de Lurdes. 


segunda-feira, 8 de abril de 2024

Chegar a casa de rastos


 Este ano, em trabalhos moderados, tenho imensas horas a acompanhar alunos com muitas dificuldades a Matemática. Entram uns e saem outros mas os problemas são quase sempre os mesmos: uma falta de concentração e de atenção fora do normal, um desinteresse por mudar nem que seja por 50 minutos e uma falta de bases alarmante.

Seis vezes seis?

300? Não distinguem a multiplicação da divisão e sem calculadora ficam completamente perdidos. 

Eu consumo-me nestas horas. Podia não o fazer, mas penso ser a minha obrigação. Dou dicas, zango-me quando não me ouvem,  parto sempre do mais simples para o mais complicado, ensino-os a tirar notas, a fazer registos e a resolver problemas com técnicas fáceis de colocar em prática. Tento facilitar as suas aquisições em todas estas horas para depois ser mais fácil dentro de aula e diminuírem, deste modo, as suas dificuldades. 

A maior inquietude deles? Quanto tempo falta para a aula terminar! 

Hei-de  chegar lá! Sei que sim!

Uma semana novinha em folha

 


A lista de tarefas alinhada.

Os alunos a apoiar organizados em folhas excel.

Tarefas com marcação, já marcadas e colocadas na agenda.

Falta ir lavar o carro. Malditas poeiras do deserto!

Fazer as compras da semana.

Elaborar menus.

Ir buscar a roupa à lavandaria.

Começar a investigar e a programar as férias de Verão. O que eu adoro fazer isso!

Ir à missa dia 10, por alma do meu pai que fazia anos nesse dia.

Marcar as aulas de natação.

Decidir uns quantos assuntos quanto à minha saúde.

Pedir um atestado médico (verdadeiro) que diga que não posso frequentar o ginásio porque piora o pé para poder deixar de pagar mensalidades. 

Ganhar coragem para iniciar novas rotinas conducentes à melhoria da minha condição física e psicológica.

Por agora é tudo para esta semana. Tudo isto nos intervalos do trabalho de que saio, quase todos os dias, às 17.05h

domingo, 7 de abril de 2024

É um crime comprar mais um peça de vestuário


 E não vou fazê-lo. Dei-me conta do exagero a que chegaram os meus armários! É certo que tenho peças de há mais de vinte anos mas estão actuais, em bom estado e eu gosto delas.  É só pensar novas combinações, novos acessórios, juntar um pouco de cor e já está. Houve tempos de alguma frustração e tristeza em que a roupa foi a minha salvação. Esse tempo ficou para trás.

 Empregar o dinheiro que poupo noutros projectos mais interessantes e que me façam igualmente feliz. Com a idade, concluímos que vivemos com muito pouco de tudo. Os momentos bons passam a ser o nosso objectivo e as pequenas conquistas fazem-nos felizes.

Apreciamos as boas companhias, os risos à volta de uma mesa e manjares nunca antes saboreados. A vida encurta e é necessário ainda ter tempo para tanto que ainda não se viveu e não se sentiu.

Sair da zona de conforto e sentir que se conseguiu ir em frente. Colocar todos os dias um desafio e chegar à noite e pensar - consegui!


Esforça-te

 


Sai da letargia onde estás. Toma banho, coloca uma cor no rosto, veste uma roupa bonita  e sai para  a rua. Encontra gente boa, que ri e diz coisas felizes. Não procrastines. Começa já. Alinha as tarefas.

Compra os ingredientes para  um bom almoço. Põe uma mesa bonita porque tu mereces. 

Nunca te contentes com pouco. Tu mereces tudo!

sábado, 6 de abril de 2024

Sempre a aprender

 


Desta vez com filho mais novo.

Sempre  que programa uma viagem de comboio com alguma antecedência pode comprar bilhetes em promoção.  Com um grande desconto !

Se comprar online, os bilhetes em promoção aparecem com uma estrela. Foi o que fiz. Com o desconto optei por viajar em primeira classe. Mais calmo e mais confortável. 

Ida e volta até Lisboa, 23 euros em 1ª classe. Nada mal. 

Tive em tempos uma familiar que, nas minhas costas, me apelidava de "pechincheira"! Queria ela dizer com isto, que tinha grande pena de não conseguir adquirir bens de boa qualidade por módicos preços, como eu sempre fiz. Nesta sociedade de consumo, dá trabalho e necessita de tempo  mas gosto muito desta minha característica.